A análise de DQO é um procedimento essencial para avaliar a qualidade da água, e exige atenção a detalhes que podem parecer pequenos, mas que podem impactar significativamente os resultados.
Então, se você busca compreender os procedimentos e a importância da análise de DQO, ou se quer conferir se está realizando da maneira correta, este guia detalhado te levará passo a passo por todo o processo.
Prepare-se para desvendar os segredos da DQO e adquirir um conhecimento profundo sobre esse parâmetro essencial no controle da qualidade da água!
O que é a análise de DQO?
A análise de DQO, ou Demanda Química de Oxigênio, é um procedimento que mede a quantidade de oxigênio necessária para oxidar quimicamente toda a matéria orgânica presente em uma amostra de água.
Para realizar a análise, a amostra de água é misturada com um oxidante forte (como o dicromato de potássio) em condições ácidas e elevadas temperaturas.
O oxidante reage com a matéria orgânica, consumindo oxigênio. A quantidade de oxigênio consumida indica a quantidade de matéria orgânica presente na amostra.
Em teoria, o procedimento é realizado dessa maneira. Porém, na prática, a experiência ajuda a torná-lo ainda mais assertivo e eficiente.
Como fazer análise de DQO corretamente?
Quer algumas orientações para fazer a análise de DQO corretamente? Nós temos! Confira:
Preparo da Amostra
Para realizar a análise, a amostra de água é tratada com um oxidante forte, como o dicromato de potássio (K2Cr2O7), em presença de ácido sulfúrico concentrado (H2SO4) e aquecida a uma temperatura específica. Essa etapa é conhecida como digestão.
Durante a digestão, o dicromato de potássio, em um ambiente ácido e com o auxílio do calor, oxida a matéria orgânica presente na água.
Esse processo é semelhante à combustão, onde o oxigênio reage com a matéria orgânica e a transforma em produtos mais simples, como dióxido de carbono e água.
A quantidade de dicromato de potássio consumido na reação de oxidação é diretamente proporcional à quantidade de matéria orgânica presente na amostra de água.
Determinação
A determinação da DQO, ou seja, a quantificação da matéria orgânica oxidável na amostra de água, pode ser realizada por dois métodos principais: titulação e colorimetria.
A escolha do método ideal depende dos recursos disponíveis, do nível de precisão requerido e da natureza da amostra.
De toda forma, iremos explicar os dois métodos:
Titulação
A titulação envolve a reação do dicromato de potássio (K2Cr2O7) em excesso, presente na amostra após a digestão, com um reagente específico.
Ela pode ser direta ou inversa:
- Titulação Direta: A solução de sulfato ferroso amoniacal é adicionada gota a gota à solução da amostra digerida, até que todo o dicromato de potássio em excesso seja reduzido a íons Cr3+;
- Titulação Inversa: Um excesso de iodeto de potássio (KI) é adicionado à solução. O dicromato de potássio em excesso reage com o iodeto de potássio, liberando iodo (I2). O iodo liberado é então titulado com uma solução padrão de tiossulfato de sódio (Na2S2O3), usando amido como indicador.
A titulação é um método preciso e relativamente barato, mas exige cuidado na manipulação e pode ser trabalhosa. Além disso, a presença de outros compostos oxidantes na amostra pode interferir na precisão da titulação.
Colorimetria
A colorimetria se baseia na medida da absorção de luz de uma solução colorida. A intensidade da cor da solução é proporcional à concentração do analito (neste caso, a quantidade de dicromato de potássio).
Basicamente, a amostra digerida é tratada com um reagente específico que reage com o dicromato de potássio, formando um composto colorido.
A solução colorida é então analisada em um espectrofotômetro, que mede a absorção de luz em um comprimento de onda específico.
Essa absorção de luz é diretamente proporcional à concentração do dicromato de potássio, que por sua vez está relacionada à quantidade de matéria orgânica oxidada.
A colorimetria é um método rápido, relativamente simples e automatizável. No entanto, vale reforçar que ela pode ser menos precisa que a titulação e exige calibração cuidadosa do espectrofotômetro.
Limpeza e descarte
Para finalizar, limpe o tubo de reação e os equipamentos utilizados com água e detergente, ou, se necessário, produtos de limpeza específicos. Faça o descarte dos reagentes e a amostra de acordo com as normas de segurança e legislação ambiental.
Problemas Comuns e Sugestões
Durante este processo, um problema comum é o vazamento da amostra devido à decomposição do septo da tampa, especialmente após exposição a 148 graus por duas horas com a solução ácida.
Este problema pode resultar na perda da amostra, danificação da tampa e contaminação do bloco de aquecimento do equipamento.
Veja o que fazer caso isso aconteça:
- Verifique a vedação da tampa e o estado do septo antes de iniciar a análise. Se o septo mostrar sinais de desgaste ou decomposição, substitua-o;
- Realize uma limpeza e aferição do bloco de aquecimento a cada três meses para assegurar que a temperatura está correta e o equipamento está em boas condições.
Implementando essas precauções, você poderá minimizar os riscos de vazamentos e garantir a integridade dos resultados das suas análises de DQO.
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